3º
trampo dessa banda de Ceilandia (DF), todos lançados pelo selo GBG Discos, do
batalhador Gilvany Barbosa. A banda já é veterana na cena candanga, na verdade em
março desse ano completam 20 anos de banda, o que não é pouca coisa, já tendo
tocado com Olho Seco, Cólera, Garotos Podres, Lobotomia, Lixomania e até Rattus
e Varukers. Recentemente tocaram no grande Porão do Rock e em São Paulo com o
Periferia SA e DZK. Até mesmo a Colômbia já foi visitada pelos punkers de
Ceilandia.
Vivendo de Absurdos nos joga uma latada de bueiro na cara, com letras diretas e cuspidas com aquela raiva peculiar ao bom e velho punk. A banda carrega a bandeira do punk rock na alma, mas dá pra sentir a veia hardcore pulsando, em músicas mais rápidas como Vivendo de Absurdos (que abre o disco e dá título ao mesmo), A falsidade quando quer sorrir procura um otário (com refrão pegajoso) ou mesmo a Cachimbo de lata (nem precisa dizer do que trata a letra).
Prestem
atenção em letras como Radicalismo
(um tema atualíssimo), A vida pede
socorro (em que o grande Cólera é parafraseado no refrão) e na grudenta Não acredito em nada (para mim a melhor
do disco) com a desilusão nihilista gritada pelos quatros cantos da periferia
brasiliense: “Não acredito mais na anarquia, nem em outra ideologia / Não
acredito na internet / Não acredito em promoção / Não acredito em união, muito
menos na seleção”. Impossível um bom amante do punk rock ouvir e não sair
cantando.
Já
posso estragar a surpresa: Faixa escondida no final com Garotos do Subúrbio, do Inocentes. Tem tudo a ver com a
personalidade e imagem da banda. E pensar que quase participei dessa gravação,
hehe. Explicando: Na 2ª ida da Delinquentes à Brasília, coincidiu com a época em que estavam gravando esse disco e eu fui convidado a gravar essa música. Só que a nossa participação no festival que iríamos tocar (Ferrock) foi adiado para 2 anos depois, o que impossibilitou minha participação com os amigos. Uma pena.
Conheça
a banda:
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