quarta-feira, 30 de abril de 2014

Crushed Bones lança demo oficial



A banda Crushed Bones, do Distrito Federal, lançou finalmente sua demo Lançando Nossa Candidatura para download (com capa e contracapa) e audição no Bandcamp. O gente boa baixista Petrônio (ex-OJTB e Disforme) foi, junto com o Márcio Vinícius dos Maltrapilhos, nosso guia na mini tour do Delinquentes por lá,  ambos responsáveis por nossa tocada no espaço Sub Pub, de Goiás. 

Além dele, fazem parte da banda André Totors (ex-Innocent Kids) no vocal, James (ex-Haters) na guitarra e Jeferson (também Terror Revolucionário) na bateria.

Baixe a demo com as 4 músicas desse furioso hardcore curto e cuspido AQUI. ou ouça no Bandcamp

CLIPE - As Radioativas - Cuidado Garota

Clipe novo das paulistas As Radioativas. Música que dá título ao disco Cuidado Garota.

Entrevista - Immortal Shape

Entrevista com Augusto Logan, da banda de metalcore paraense Immortal Shape



Primeiramente, nos apresente a banda. Quando e como foi formada.


= Olá, somos a Immortal Shape: Anderson Prestes e Miguel Ribeiro nas guitarras, Gleyson Souza no baixo, Jediael Souza na bateria e eu, Augusto Logan nos vocais. A banda foi formada em 2006, passamos por varias formações e fases no estilo como new metal, rapcore. Na época a banda tinha o intuito de ganhar o reconhecimento e ajudar a levantar a bandeira da cena paraense.

O metal mais moderno se desmembrou em inúmeros estilos e derivados. Em qual desses vocês denominariam especificamente o Immortal Shape?


= Hoje em dia nos denominamos metalcore.

Mesmo a banda tocando o estilo que tocam, você principalmente, sempre é visto em shows de bandas pesadas locais, tanto do chamado metal old school, quanto do hardcore. Pensas um dia em fazer algum outro tipo de trabalho em outro estilo?


= Pow, curto outros estilos do rock. Vai desde o heavy, power, thrash metal até o hardcore e sim penso em algum dia fazer um projeto de hardcore ou thrash metal.

Pelo pouco que tenho sacado, a banda deu uma grande guinada recentemente, com a nova formação. O som ficou mais atualizado, mais preenchido e mais conciso. O que falta agora para a banda divulgar mais seu trabalho? Mais shows ou uma gravação valendo?


= Bom, sofremos várias mudanças de estilo e integrantes até chegar nesta fase atual. Esta transformação foi muito gratificante para nós, devemos isso aos antigos membros: Felipe, Caick, Jefferson, Ricardo, Renato e Daniel que ajudaram a esta fase acontecer.

Hoje (NOTA: Miguel Ribeiro está desde 2009 com o Augusto Logan, enquanto que os outros 3 entraram mais recentemente|) o que fazemos é o resultado do trabalho que viemos desenvolvendo a 5 anos e para continuarmos, é bom shows e gravações, quanto mais shows mais registro (fotos e videos) até chegar a gravação.


Falando em shows, mesmo com novas casas dando espaço pro underground (Xani Club, H Red Pub, Mat-Taperê e Mata-Gato), acham ainda que falta mais oportunidades para bandas menos conhecidas? Ou a coisa está melhorando?


= As 2 coisas. Os novos espaços estão dando uma grande força para as bandas conhecidas e menos conhecidas, assim tem que continuar, também o publico e as produtoras tem que dar chance as bandas menos conhecidas. Tem muita banda nova boa de qualidade ae mas as próprias também tem que se dedicar e trabalhar bem pra conquistar seu lugar ao sol e assim se unindo para fortalecer mais a cena paraense.

Em qualquer canto do mundo estilos vão e vem. Existem temporadas e safras. Acham que o metalcore está num momento de entressafra aqui (me refiro tanto a shows, quanto a bandas)?


= Acho que não, tem gente que acha que é modinha, o estilo já existe a muito tempo desde 1999, ainda não era muito popular mas já tinham bandas que hoje são símbolos do metalcore. E quanto aos shows e as bandas daqui, vamos continuar tocando o terror junto com os parceiros do estilo, porque união underground é assim, ir a luta e levantar a bandeira.

Deixe seu recado.


= Meu recado é: continuem. Só assim a cena paraense fortalece, união paraense, sem treta, sem frescura, estamos todos juntos nessa porra.


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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Wael Daou: Heavy Metal Árabe




Filho de pai e mãe libaneses, o guitarrista Wael Daou nasceu em Belém, e com 11 anos se mudou para o Líbano, aonde começou a absorver influências do país de seus pais. 6 anos depois, voltou pra cá e somou suas influências adquiridas com sua paixão, o heavy metal. Segue aí um pequeno bate papo com o guitarrista seguidor do virtuosismo instrumental.


Quando começou sua carreira sonora?


Comecei a tocar com 12, 13 anos, logo que me mudei para o Líbano.

Quais suas principais influências?


Minhas principais influências foram, depois do Metallica: Death, Iced Earth, Jason Becker. Indo pra música clássica: Dvorak, Borodin e Mussorgsky, até o jazz: Frank Gambale e Allan Holdsworth. Mas isso tudo veio depois da música árabe.

Uma vez você me confidenciou que suas origens orientais acabavam refletindo na sua música. Ouvindo o seu CD Debut, senti isso latente em algumas músicas e passagens, mas já te disse uma vez que esperava que isso fosse ser menos sutil e mais presente nas músicas, assumindo algo que nunca foi feito por esses lados. Pensas em acrescentar mais esse lado ou a ideia é realmente só "paquerar" as influências árabes?


Isso é algo que vem natural. Soa harmonioso aos meus ouvidos, e vem da raiz. Não é algo planejado. Simplesmente vem!
Estou gravando um novo cd, e em duas ou três músicas minha esposa participa cantando em árabe! Vai ser animal! 

A música instrumental tem ganhado cada vez mais força no Brasil e isso já vem se refletindo na nossa cidade. Mesmo assim, o instrumental heavy metal é algo novo na cidade e ainda pouco explorado. Ainda sentes dificuldades com isso em arrumar shows ou mesmo conseguir tocadas em festivais ou mostras?


Bem, a música instrumental pra mim é como qualquer música, não tem diferença. Música boa é música boa! Com esse pensamento espero que quem ache a minha música boa não a recrimine por ser instrumental. Acho que consigo agradar um publico bem mais variado do que se as musicas fossem cantadas. Amigas da minha mãe adoraram hehe!

Sobre festivais e mostras, eu tenho dificuldade em encontrar integrantes pro estilo que toco, e acabo fazendo a onda sozinho. Uma banda de um homem só fecha portas. Não é o estilho instrumental que fecha na verdade entende? É o fato de eu tocar sozinho. 


Como está a tiragem do CD? Ouvi dizer que está quase esgotado? E a aceitação pra fora?


Fiz 1000 copias do EP Ancient Conqueros. Devo ter despachado entre vendas e promoões uns 350 a 400 cds. Sei que em Belém consegui despachar mais ou menos uns 50, o resto foi pra São Paulo e pra fora do país.

O 2º trabalho que citastes já está em fase de acabamento / montagem ou ainda é apenas um projeto em mente?


O meu segundo cd ja esta sendo gravado as guias e está na fase de produção! contará com 12 musicas, 5 das quais estão sendo reformuladas do cd Ancient Conquerors e 7 serão inéditas.

Todas virão com uma roupagem melhor e mais dinâmica, e contará com o baterista Emmanuel Penna e o baixista Marcos Saraiva. Estou muito ansioso por esse novo lançamento. 

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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Madame Saatan: Dever cumprido (e que venha mais)


Conheci a banda Madame Saatan ainda em seu embrião. Lembro de chegar uma vez para o ensaio da Delinquentes no extinto estúdio Zíngaro, do Zé Mário e ver o próprio (que na época tocava na banda), Ícaro Suzuki e Sammliz Samm ensaiando, sem baterista, e ela empolgada veio me contar que tratava-se de uma banda autoral nova. Até então, tocavam no Barbarella, de cover. Logo de cara, a banda mostrou seu potencial. Lembro com muito orgulho de ter visto a banda crescer numa velocidade meteórica, desde os primeiros shows, em ananindeua ou na Scorpions, até os mega eventos da cidade. Tive muito orgulho de chama-los várias vezes para tocar, como no lançamento de nossa demo Matança de Animais, na rockeirosa Scorpions. Outro show que marcou muito para mim na época, foi o do lançamento do zine Pirulito, em que tocamos juntos no porão de um barco em movimento pela baía do Guajará. Nesse dia, levaram uma música nossa, "O Viciado", numa versão ledzeppeliniana que ficou muito foda. Dando um pulo gigantesco no tempo, em 2012, Sammliz veio diretamente de São Paulo, aonde estava residindo com a banda nessa época, unicamente para participar da gravação do nosso DVD Planeta dos Macacos. A praça da república ficou em êxtase. Impossível não lembrar do episódio do festival Yamada, quando proibiram a banda de tocar com o nome completo, ficando no cartaz apenas o 1º nome da banda e retirando o "maléfico" por entendimento deles, do Saatan. Sim, já fomos mais provincianos ainda.
 
Gostem ou não da banda (e isso é um direito de qualquer pessoa), há de se reconhecer a importância do Madame Saatan para a cena rock da nossa cidade. Nem uma outra conseguiu alcançar voos tão altos. Isso inclui desde as nossas pioneiras até as que tocaram fora do país. Afinal, não é fácil partir com mala e cuia pruma cidade como São Paulo, morar todos apertados na mesma casa, encostando toda sua antiga vida e seu próprio futuro pessoal que vai sendo planejado desde criança. Não a toa, eu sempre citava a mesma em entrevistas, como sendo um exemplo do que uma banda com metas deveria ser. Também não por acaso, em nossas reuniões internas da Delinquentes, o Madame vez ou outra era citado como exemplo. Desde presença de palco até a parte de produção da banda (interna e externa), tudo para mim servia como um exemplo.

Para mim, e digo mais como fã do que como amigo, infelizmente a banda não superou sua maior perda, que foi a saída do baixista Ícaro Suzuki, mesmo com toda a presença do gente boa Vinícius. Há quem cite também o saudoso e sempre bem humorado Ivan Vanzar. Opiniões que devem ser respeitadas e / ou discordadas. Mas com certeza quem acompanhou a banda com aquela formação, sabe do que estou falando e talvez muitos concordem, mesmo com todo o peso e eficiência da atual fase, que com certeza também tem seu mérito.

Não sei qual foi o principal motivo para anunciarem essa semana que a banda estaria dando um tempo, pegando muitos dos novos e velhos fãs com um susto. Apesar de várias explicações no site e na página da banda, sempre ficam dúvidas no ar. Mas acho que de certo mesmo, todos sabem que uma hora, com tantas batalhas e vitórias, todos precisam uma hora "respirar". Não seria diferente para a vocalista Sammliz, que almeja nesse momento focar em seu projeto solo. Aproveitaram para soltar um vídeo novo e músicas inéditas para download, incluindo a tanto pedida nos shows "Caos".

Acabando ou dando um tempo, desejamos boa sorte aos novos horizontes dos integrantes (Ícaro também já está tocando com o Carcaça de Playboy enquanto o Wagner Nugoli está com o fuderoso Rennegados), tendo a certeza que escreveram com letra maiúscula seu nome (dessa vez completo e sem censura) na página da música local. Retribuindo as próprias palavras da Sammliz na ocasião da gravação do nosso DVD: "MÁXIMO RESPEITO A FAMÍLIA MADAME SAATAN".

Baixe o EP comemorativo 11 Anos AQUI.

Abaixo o vídeo homenagem de despedida (feito pelo eficiente produtor deles Bernie), em que mostram várias fases da banda, além de cenas inéditas de gravações e shows.