segunda-feira, 28 de abril de 2014

Wael Daou: Heavy Metal Árabe




Filho de pai e mãe libaneses, o guitarrista Wael Daou nasceu em Belém, e com 11 anos se mudou para o Líbano, aonde começou a absorver influências do país de seus pais. 6 anos depois, voltou pra cá e somou suas influências adquiridas com sua paixão, o heavy metal. Segue aí um pequeno bate papo com o guitarrista seguidor do virtuosismo instrumental.


Quando começou sua carreira sonora?


Comecei a tocar com 12, 13 anos, logo que me mudei para o Líbano.

Quais suas principais influências?


Minhas principais influências foram, depois do Metallica: Death, Iced Earth, Jason Becker. Indo pra música clássica: Dvorak, Borodin e Mussorgsky, até o jazz: Frank Gambale e Allan Holdsworth. Mas isso tudo veio depois da música árabe.

Uma vez você me confidenciou que suas origens orientais acabavam refletindo na sua música. Ouvindo o seu CD Debut, senti isso latente em algumas músicas e passagens, mas já te disse uma vez que esperava que isso fosse ser menos sutil e mais presente nas músicas, assumindo algo que nunca foi feito por esses lados. Pensas em acrescentar mais esse lado ou a ideia é realmente só "paquerar" as influências árabes?


Isso é algo que vem natural. Soa harmonioso aos meus ouvidos, e vem da raiz. Não é algo planejado. Simplesmente vem!
Estou gravando um novo cd, e em duas ou três músicas minha esposa participa cantando em árabe! Vai ser animal! 

A música instrumental tem ganhado cada vez mais força no Brasil e isso já vem se refletindo na nossa cidade. Mesmo assim, o instrumental heavy metal é algo novo na cidade e ainda pouco explorado. Ainda sentes dificuldades com isso em arrumar shows ou mesmo conseguir tocadas em festivais ou mostras?


Bem, a música instrumental pra mim é como qualquer música, não tem diferença. Música boa é música boa! Com esse pensamento espero que quem ache a minha música boa não a recrimine por ser instrumental. Acho que consigo agradar um publico bem mais variado do que se as musicas fossem cantadas. Amigas da minha mãe adoraram hehe!

Sobre festivais e mostras, eu tenho dificuldade em encontrar integrantes pro estilo que toco, e acabo fazendo a onda sozinho. Uma banda de um homem só fecha portas. Não é o estilho instrumental que fecha na verdade entende? É o fato de eu tocar sozinho. 


Como está a tiragem do CD? Ouvi dizer que está quase esgotado? E a aceitação pra fora?


Fiz 1000 copias do EP Ancient Conqueros. Devo ter despachado entre vendas e promoões uns 350 a 400 cds. Sei que em Belém consegui despachar mais ou menos uns 50, o resto foi pra São Paulo e pra fora do país.

O 2º trabalho que citastes já está em fase de acabamento / montagem ou ainda é apenas um projeto em mente?


O meu segundo cd ja esta sendo gravado as guias e está na fase de produção! contará com 12 musicas, 5 das quais estão sendo reformuladas do cd Ancient Conquerors e 7 serão inéditas.

Todas virão com uma roupagem melhor e mais dinâmica, e contará com o baterista Emmanuel Penna e o baixista Marcos Saraiva. Estou muito ansioso por esse novo lançamento. 

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